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sábado, 14 de janeiro de 2012

A viagem... o começo...

Isto está a descarrilar, tem mesmo que acabar. O meu barco anda completamente perdido sem nada a que se agarrar. Nunca tinha passado por uma situação destas. É impressionante a forma como tudo me parece fugir das mãos e como nada consigo apanhar. Escorrego por todo o lado sem parar. Os meus pés não se conseguem agarrar ao solo de vez, imploro para que tal aconteça, mas não parece surtir efeito. Desde há um mês para cá que isto se tem apoderado de mim, está-se a tornar incontornável e cada vez mais me assusta. Estou a criar um monstro, a verdade é que a culpa é só minha, alimentei este monstro e agora estou a semear o que colhi. O pior é que eu pensava e sempre tive a esperança de que tudo se iria resolver e que era só uma fase.
O problema é que agora vejo que não era só uma fase e que agora se está a tornar em algo muito grave. A minha vida já não faz sentido. Como é que é possível que eu tenha chegado a este estado. Só penso numa coisa e só isso parece importar. Tento contornar isto, mas parece que cada vez mais me enterro. Não sei o que fazer com este mar de coisas más.
É terrível não ter orientação, se antes, mesmo que não tivesse orientação ia sobrevivendo, agora já nem isso. Cada vez me enterro mais, e fui eu que abri este buraco, por isso, só eu sei como fechá-lo. Não é fácil, aliás é muito dificil, e se eu o conseguir fazer posso dizer que é uma grande vitória.
Tenho que abrir os olhos e eu sinto qe chegou a hora e  que estou preparada para isso. Não há mais tempo a perder.
O tempo está-se a esgotar, tenho apenas alguns segundos para conseguir entrar neste barco que me levará mundo fora...
Corro, invisto todo o meu fòlego nesta que poderá ser a minha última corrida. É o tudo ou nada, só entro se conseguir encontrar toda a minha força e se desejar muito que isto aconteça...
... E eis que dentro de mim cresce um intenso desejo de agarrar tudo isto. Estou decidida. Quero entrar naquele barco, nesta que é a minha última opurtunidade.
Já decidi, e utilizando toda a minha força entro no barco com toda a minha força.
Entro e tudo fica para trás, deixei tudo para trás e não posso pensar no que acabei de deixar. A partir de agora a geometria da minha vida é em linha recta.
Nada me pode deter, só eu mesma. Aqui nada mais importa, está tudo nas minhas mãos, só eu é que posso construir o meu futuro. Só as minhas maões podem traçar o meu caminho.
Afinal, quem sou eu?
Eu sou aquilo que eu quiser, por isso, só vou ser fraca se quiser. Só vou conseguir fazer alguma coisa se quiser.
Não me posso esquecer nunca que agora o mundo está à minha espera e que não me posso entregar mais a este mundinho que eu criei.
Pensei que era real, mas já não sei nada. Tudo se perdeu.
Mas, não falemos mais no que já passou. agora, o que interessa é o que se vai passar, aquilo que vai acontecer daqui em diante.
Quero fazer-me à vida. Tenho um grande objectivo, que é conseguir ter uma boa média e vou fazer tudo para o alcançar.
Primeiro tenho que definir os objectivos e cumpri-los, em seguida quero conhecer o mundo e dar-me a conhecer. Vou tentar encontrar algum site e encontrar pessoas com quem possa falar.
Não quero e vou parar de deixar as coisas para a última hora.
vou investir na procura de coisas do budismo, no exercicio, na meditação e na leitura.
E, não vou quebrar aquilo que me atormentava, pois seria um choque, mas vou-me comprometer a ir só uma vez por dia e depois de ter acabado tudo o que tinha para fazer.

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